Quando pensamos no locaute, pensamos logo em prejuízos financeiros, tanto da liga quanto das franquias. Pensamos unicamente em salários, porcentagens, mas isso tem que ser pensado por eles (jogadores, liga e donos das franquias). Vamos pensar como torcedor brasileiro, ou seja, vamos pensar no Brasil.
Enquanto a greve não chega ao final a grande maioria dos jogadores vão ficar parados ou então no máximo vão continuar treinando, como alguns prometeram, mas mesmo assim vão perder ritmo de jogo, concordam? Outros optaram por atuar na Europa, aonde o nível também é alto, mas não se compara à NBA. Na Europa o basquete é mais jogado, mais tático, é montado um esquema de jogo para o time. Não estou dizendo que na NBA não tenha isso, tem é claro, senão eu estaria assinando o meu atestado de maluco, mas no basquete norte-americano a maioria dos times monta um esquema em cima das habilidades de um jogador. O caso do Cleveland Cavaliers com LeBron James se encaixa bem no que eu estou falando. Logo chegamos a seguinte conclusão: Quem atua na NBA e foi para a Europa vai ter que adaptar ao basquete europeu e não o basquete europeu ao jogador que veio da NBA.
Os brasileiros Nenê Hilário, Tiago Splitter e Anderson Varejão ainda não decidiram o seu destino e provavelmente estão de "férias" ou no máximo treinando em um ginásio alugado. Agora eu te pergunto: Por que eles não vem para o Brasil? Não necessariamente precisam fechar contrato com um time do NBB. Vem para cá, treina aqui. Por que não serem treinados por Rubén Magnano nesse período? Ele é um dos maiores treinadores de seleções do mundo. Não é possível que ninguém tenha pensado nisso ainda, ou eu estou falando bobagem? E mais, se o locaute não se resolver até o final do ano, porque não arrumar amistosos desde janeiro com os jogadores da NBA e do NBB já visando as olimpíadas de Londres?
Essa última proposta eu confesso que é mais complicada, por que os times do NBB vão ser resistentes quanto a liberação dos seus atletas com o campeonato em andamento, mas nós temos que pensar no futuro. Caso o selecionado masculino consiga beliscar uma medalha em Londres-2012, o esporte no Brasil vai ter mais incentivadores e logicamente que o Novo Basquete Brasil sairia ganhando com isso.