quarta-feira, 1 de agosto de 2012

No jogo entre as duas melhores defesas, Brasil pode praticamente sacramentar a segunda posição no grupo "B"

Nesta quinta-feira a seleção brasileira masculina vai entrar em quadra para o seu terceiro desafio nos Jogos Olímpicos de Londres, medindo forças contra a boa seleção russa, a partir das 12h45.

Esse será um compromisso importantíssimo para a seleção de Rubén Magnano, que possui a segunda melhor defesa da competição, com 133 pontos sofridos, ficando atrás justamente da Rússia, que sofreu 129 pontos (dados de ambos os grupos) e enfrentou Grã-Bretanha e China, um adversário mais tranquilo em relação ao do Brasil, que já jogou contra a Austrália, além da própria Grã-Bretanha. Com ambas defesas sólidas, esse poderá ser mais uma partida do nosso selecionado nacional com placar baixo, mas, como já havia citado em outros textos, isso pouco importa. O que importa mesmo é o Brasil terminar com mais pontos do que o adversário, o que aconteceu nas duas primeiras rodadas.

O confronto contra os russos poderá praticamente selar a segunda posição do grupo "B" para a seleção brasileira, que atualmente ocupa a terceira posição, com o mesmo número de vitórias que a Rússia e a Espanha, que estão em primeiro e em segundo, respectivamente, ou seja, após o confronto de logo mais, restará, no máximo, mais duas seleções invictas no grupo.

Para conseguir a terceira vitória seguida desde que voltou aos Jogos Olímpicos, o grupo de Magnano terá que ficar de olho em Andrei Kirilenko (foto), líder da equipe adversária e cestinha da competição, já tendo feito 51 pontos, conseguido 13 rebotes, roubado seis bolas e dado quatro tocos em dois jogos. Mas o Brasil é mais time, é mais homogêneo e tem tudo para ficar com a vitória. 

A Rússia possui apenas o Kirilenko disparado na pontuação, depois vem o Shved, com 30 pontos e, em seguida, pontuações baixas, com dois jogadores com 19 pontos, um com 18, dois com 10 pontos e o resto com seis pontos ou menos, lembrando que essa não é a média, mas sim a somatória dos dois primeiros confrontos. Enquanto isso o Brasil tem quatro atletas com 20 pontos ou mais (Marcelinho Huertas, Tiago Splitter, Leandrinho Barbosa e Anderson Varejão); Nenê Hilário com 12 pontos e mais três atletas entre sete e oito pontos. Ou seja, apesar de ter tido um ataque menos eficiente do que os russos, que fizeram 168 pontos contra 142 do Brasil, a seleção canarinha não é dependente apenas de um ou dois jogadores como é a Rússia, que diga-se de passagem terá que, uma hora ou outra, dar um descanso maior para Andrei Kirilenko, que está com média de 33 minutos jogados.

No quesito rebotes a nossa seleção também é muito superior, tendo conseguido 92 rebotes, sendo 35 ofensivos, contra 78 da Rússia, que até agora só pegou 18 rebotes ofensivos. Conseguindo parar Kirilenko, Monya e khryapa, os três melhores reboteiros da equipe, já será meio caminho andado para a nossa seleção.

Além do confronto, que já é muito importante por si só, a partida terá um atrativo a mais, com o duelo entre os armadores Marcelinho Huertas e Aleksey Shaved, líderes em assistências até o momento. O russo, que atua no CSKA de Moscou, está com médias de 15 pontos, 3.5 rebotes e 9.5 assistências, enquanto Huertas está coladinho, com médias de 14 pontos, três rebotes e nove assistências, tendo jogado, no total, 58 minutos, um minuto a menos do que seu adversário.

É partida decisiva para ambas equipes sonharem com a segunda ou até com a primeira posição do grupo "B", e para mim, o Brasil vai levar vantagem nesse confronto.


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Só reage quem estava jogando mal

Uma equipe homogênea, que mantém o seu ritmo de jogo e não se abala emocionalmente, raramente reage dentro de um partida, afinal, só consegue uma reação quem, em algum momento do jogo, joga muito mal, concordam?

O que mais se fala da seleção feminina é: "o time brasileiro teve uma boa reação, mas não conseguiu evitar a derrota". Essa história é contada desde a preparação para os Jogos Olímpicos e vem se repetindo sucessivamente em Londres. Dessa vez, na terceira rodada da competição, o time comandado por Luís Cláudio Tarallo teve uma ótima reação na partida contra a Austrália, atual tri vice-campeã olímpica, perdendo por 67 a 61.

Como eu já expliquei, o selecionado feminino só teve essa excelente reação por que fez um péssimo primeiro tempo. O time de Tarallo sofreu com faltas, principalmente Érika e Clarissa, com tiveram quatro. A equipe pouco rodava a bola nos dois primeiros períodos, com Adrianinha segurando a "laranja" por muito tempo e, mesmo assim, pouco produzindo. No ataque, opções erradas, erros bobos em bandejas e jogadas pouco trabalhadas, o que sempre resultava em um arremesso forçado. Mesmo quando fazia o certo, o Brasil fazia errado. Jogando dentro do garrafão, às pivôs brasileiras tinham dificuldades para finalizar, afinal, com poucas trocas de passe, sempre tinha duas australianas para marcar a finalização brasileira na área pintada da quadra. Nos dois primeiros tempos de jogo foram 36 arremessos tentados e apenas seis convertidos, dando um péssimo aproveitamento de 16.7%. 

A defesa também foi outro problema. Com Érika pegando a sua terceira falta com 7min17seg para terminar o segundo período, o Brasil ficou com um garrafão baixo, tendo Clarissa (1.87m) e Damiris (1.92m) para marcar Liz Cambage (2.03m) e Lauren Jackson (1.95m), que apesar de ser apenas três centímetros mais alta do que a Damiris, possui infinitamente mais experiência do que a nossa jovem atleta.

A defesa, não postada da forma correta, permitiu impressionantes 50 rebotes australianos, sendo 16 deles ofensivos, 20 a menos do que o número total de rebotes brasileiros.

Passado o horror das duas primeiras parciais, quando o Brasil fez 10 e oito pontos, respectivamente, finalmente a tal da reação apareceu, melhorando a produtividade ofensiva e forçando mais os erros adversários na defesa, através de uma marcação mais forte. O resultado disso foram parciais de 22 x 20 e 21x 16, ambos a favor da nossa seleção.

Ter esse poder de reação dentro de uma partida é legal, claro, mas essa história de "reagiu e deixou a vitória escapar por pouco" está fazendo com que a seleção fique, cada vez mais longe, da classificação para a fase quartas de final, acumulando agora três reveses em três partidas.

O que será que impede a seleção feminina de fazer um bom jogo durante um tempo mais prorrogado? Por que o Brasil não consegue manter o nível e o ritmo?



Karla (foto acima) foi a cestinha do Brasil, com 22 pontos, mas jogou absurdos 35 minutos. Penso que está faltando um grupo dentro dessa seleção, jogadoras que Tarallo possa ter/dar confiança. O treinador pouco usa algumas suplentes. Nádia, que jogou 18 minutos hoje por contra dos problemas de Érika e Clarissa com faltas, estava sem confiança em quadra, acertando apenas um arremesso em sete tentativas e deixando a desejar defensivamente. Dá para cobrar dela? Acho que não. Tarallo não dá tempo de quadra e confiança para às reservas. Nádia, só para continuar no mesmo exemplo, jogou sete minutos contra a França e quatro contra a Rússia, aí, em uma partida que realmente ele tenha que usa-lá, como foi hoje, a garota entra fria, sem "o clima olímpico" no seu nível mais alto e acaba um jogo ruim.

É uma campanha horrível, é verdade, mas o tempo de preparação foi excelente, com o grupo tendo se apresentado no primeiro dia do mês de maio, ou seja, foram mais de três meses de preparação, que está ficando claro que não foi bem utilizado pelo nosso treinador.

"Éééééééééééééééé" - Luís Cláudio Tarallo, pensando no que falar durante um dos seus pedidos de tempo.

Será que é só isso que o Brasil pode fazer? Será que reagir e perder de menos é o máximo que essa seleção consegue?

A "sorte" da nossa seleção é que o Canadá foi derrotado pela França no primeiro jogo do dia, o que faz com que a equipe canadense continue com apenas uma vitória, na quarta colocação, dando a chance do Brasil encostar na rodada seguinte, quando fará confronto direito contra a equipe do norte da América.


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Missão quase impossível - parte II

Se o selecionado masculino está indo de vento em poupa, o time feminino está em situação totalmente contrária, tendo perdido os dois primeiros jogos e, na tarde desta quarta-feira, às 10h30, tendo um adversário complicadíssimo pela frente, a Austrália, que levou a medalha de prata nas últimas três edições olímpicas, perdendo sempre para os Estados Unidos, e além disso, vai para o confronto carregando quatro vitórias contra o Brasil em amistosos para os Jogos. Mais uma missão quase impossível para a seleção feminina, que já havia enfrentado a fortíssima Rússia, na rodada anterior.


Com 15 pontos e 18 rebotes, Érika foi
o destaque do Brasil na 2° rodada
Se contra a Rússia, atual campeã europeia e medalhista de bronze nas duas olimpíadas não deu para vencer, a lógica diz que contra a Austrália a missão será mais complicada ainda. Mas a seleção feminina do Brasil não tem escolha a não ser sair de quadra com a vitória, não interessa como, se for deixando sangue em quadra, se Tarallo tiver que usar suas principais peças no jogo o tempo inteiro, não importa, para o basquete feminino brasileiro continuar sonhando com uma boa campanha em Londres-2012, uma vitória nesse primeiro dia de agosto será fundamental, caso contrário, a equipe assinará o seu "atestado de óbito", afinal, mesmo que consiga vencer os dois últimos jogos, contra Canadá, no dia 03 de agosto e Grã-Bretanha, no dia 05 de agosto e consiga ficar com a vaga para a fase mata-mata, essa vaga virá no limite, na quarta posição do grupo "B", o que significa que a adversária nas quartas de final será as americanas, o que aí sim, é uma missão que dá para dizer que é impossível, não porque a seleção dos Estados Unidos seja imbatível, mas sim pelo basquete que o time feminino brasileiro vem apresentando.


Atualmente a situação do grupo "B", o grupo do Brasil, é essa: França e Rússia com duas vitórias, dividem a primeira posição; Austrália e Canadá, com um triunfo e um revés, são os outros dois selecionados que estão se classificando no momento.


Nesta quarta a Rússia enfrenta a Grã-Bretanha, que junto com o Brasil, é a única seleção do grupo que ainda não venceu. O jogo deve ser tranquilo para às russas, que deverão ter facilidade para chegar ao terceiro bom resultado e manter o 100% de aproveitamento. Cito essa partida pois ela é importantíssima para o Brasil, já que uma vitória da Grã-Bretanha complica ainda mais a situação brasileira.


Além de ficarmos na torcida pela Rússia, temos que fazer a nossa parte e torcer também para a França, que vai enfrentar o Canadá. Um triunfo francês fará com que as chances de classificação do Brasil possa aumentar, mantendo às canadenses com apenas um jogo de vantagem sobre nós, que poderá ser tirado na rodada seguinte, na sexta-feira, já que essas equipes farão confronto direto.


Em primeiro lugar, é torcer por um bom resultado do Brasil, o que não vou mentir, vai ser muito difícil. Por isso, já prevendo uma derrota, o que espero que não aconteça, mas tenho que lidar com os fatos, fiz esse resumo do que pode ajudar o Brasil a continuar sonhando com a classificação, mesmo perdendo logo mais.


Se serve de consolo, a Austrália vem de uma derrota não esperada e o Brasil fez um grande jogo contra a Rússia, que foi brigado até o sexto minuto do último quarto, com às adversárias abrindo frente no final da partida e vencendo por 69 a 59.


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