terça-feira, 4 de setembro de 2012

Do Ceará para a China - Basquete Cearense fará pré-temporada do outro lado do mundo

Olha só que legal! A equipe do Sky/Basquete Cearense vai embarcar, no próximo sábado, rumo à China, buscando uma melhor preparação para a sua primeira disputa no Novo Basquete Brasil. Em território asiático, o time comandado por Alberto Bial vai fazer onze jogos amistosos, enfrentando a seleção da casa, times locais, americanos e sérvios, em uma pré-temporada pouco comum para os times brasileiros, que não costumam sair do país, principalmente ir para o outro lado do mundo para se preparar para o calendário nacional.

Antes de seguir para a China, o Basquete Cearense vai fazer dois amistosos na cidade do Rio de Janeiro, enfrentando o Botafogo, nesta quarta-feira, às 20h30, em General Severiano e depois enfrentará o Riachuelo Tênis Clube, para depois sair do país em uma turnê que tem volta marcada para o dia 27 de setembro.

Quando o Sky/Basquete Cearense se apresentou oficialmente para a temporada, eu acabei não comentando aqui no blog, mas confesso que estou muito ansioso e entusiasmado para ver o que o primeiro time nordestino que irá disputar o NBB poderá apresentar em sua temporada de estreia.


O time foi formado a pouco tempo e só fez uma partida em toda sua história, vencendo um selecionado local por 125 a 52; uma partida que se for vista simplesmente como mais um jogo, não há nada demais, porém, um jogo histórico para a equipe e, sendo um pouco mais ousado, até para o futuro da modalidade dentro do Brasil.

Falo isso por que a utopia do basquete aqui em nosso país é vermos ginásios lotados e representantes de todos os estados disputando a principal competição do calendário brasileiro. O Sky/Basquete Cearense, através de um bom projeto, ancorado por um grande patrocinador, a Sky (TV por assinatura), começa a ser pioneiro nesse pensamento utópico, não é a toa que já está na história do NBB por ser a primeira equipe a participar da competição.

Essa pré-temporada na China só vem para confirmar que o Basquete Cearense veio para ficar, mesclando algumas promessas, como o jovem David Rosseto, ex-Pinheiros e o experiente Rogério Klafke, ex-Limeira, que está com 41 anos.

- Uma das melhores coisas de se iniciar um time como esse é o entusiasmo das pessoas. Tudo é novo, então as pessoas dedicam o melhor de si para concretizar o sonho de construir um bom time. Acho que temos ótimos profissionais aqui e espero que consigamos corresponder às expectativas, afirmou Rogério.

Com um pouquinho de atraso, quero desejar todo o sucesso para esse projeto, que pode ser a porta de entrada para os estados longe dos grandes centros entenderem a sua potência e importância na disseminação do esporte pelo território nacional.

Utópico não? Mas o que sería de nos se não houvesse a utopia?

Mais uma da série: problemas financeiros

É impressionante como sai ano entra ano, algumas equipes brasileiras sofrem para conseguir manter seus projetos no basquete. O Bauru, que fez uma belíssima temporada passada, estava sob risco de acabar. O Araraquara, que fez um péssimo NBB quatro, vencendo apenas dois jogos em 28 confrontos, já anunciou que não participará da quinta edição do nacional. O Tijuca Tênis Clube, que fez uma participação mediana na sua estreia em NBB's, quase ficou de fora também. O Vitória Basquete abandonou o NBB4 quando a tabela já havia sido divulgada, enfim, exemplos não faltam.

Dessa vez o problema está no Vila Velha, que terá mais 24 horas para confirmar ou não, junto com a Liga Nacional de Basquete, sua participação na próxima edição do nacional.

Equipe capixaba foi o saco de pancadas da temporada
passada
O problema é antigo, todo mundo já conhece. É a famosa falta de grana. O time capixaba possui uma parceria com a Chocolates Garoto, mas precisa de mais apoiadores para manter-se na elite do basquete brasileiro.

O presidente da equipe, Luiz Felipe Azevedo, diz que está conversando com quatro empresas para ver se consegue fechar negócio com pelo menos uma delas, o que, segundo ele, já seria suficiente para confirmar a participação no NBB5. 

É impressionante como os times brasileiros passam por dificuldades a cada ano para manter seus projetos. Sempre tem no mínimo uns dois. Isso só falando dos times que estão na elite, imagine o que não deve acontecer com equipes Brasil à fora.

Independente de conseguir tal apoio para participar da próxima edição do nacional, é uma situação muito desconfortante para o clube, tenho certeza disso. E se não conseguir fechar boas parcerias, será apenas um sobrevivente no NBB, tendo tudo para repetir a péssima campanha na temporada passada, quando ficou na última colocação, perdendo 27 dos 28 jogos que fez.

Uma pena!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Howard declara amor por Orlando

O pivô Dwight Howard comprou um anúncio na página dominical do jornal Orlando Sentinel (foto ao lado) para agradecer pelos oitos anos que atuou pelo Orlando Magic, dizendo que "jogar basquete na NBA é uma benção e ter tido a oportunidade de jogar para a torcida de Orlando por oito anos foi um privilégio e uma honra. Palavras não podem expressar o amor que tenho pela cidade”.

Quando eu li essa declaração confesso que fiquei um pouco tonto, sem entender nada o que estava acontecendo.

Primeiramente, Howard tem todo o direito de escolher por qual time ele quer jogar, afinal, o basquete para os jogadores não é entretenimento como é para nós. Para eles, basquete é trabalho, é a fonte de dinheiro e mais, sucesso profissional, o que D12 está buscando agora no Los Angeles Lakers.

Quem somos nós para dizer se ele ama ou não a cidade de Orlando? Quem somos nós para apontar para ele e dizer: não, você deveria ter ficado no Magic até o final da sua carreira. Não somos ninguém, cada um faz o que quer da sua vida. Mas há de se admitir que há uma contradição no que ele diz agora com suas atitudes até alguns meses atrás.

Howard estava louco para mudar de time, custasse o que tivesse que custar. Conseguiu, saiu do Magic, odiado pelos torcedores, que chegaram até a queimar a camisa com o nome do jogador, agora, faz juras de amor. Será que está querendo limpar sua barra?

Errado não foi ele sair do Magic, errado, e aí sim podemos falar, foi a falta de carácter que ele teve para com a franquia. 

Trocar de time não é o problema, o problema está no meio como se faz isso, como foi o caso de LeBron e agora o de Howard. Sério, precisa disso tudo? 

Poxa, olhando para o mesmo Lakers, nós temos um exemplo claro que para trocar de time não necessariamente precisa sair sendo odiado pelos torcedores da sua antiga franquia. Steve Nash, que passou os últimos oito anos no Phoenix Suns saiu e não deu em nada, Shaquille O'Neal se aposentou pelo Boston Celtics e agora terá a camisa aposentada no Lakers, enfim, se fizermos uma lista, podemos ficar aqui o dia inteiro.

Eu não sei não, às vezes falta mesmo é um pouquinho de inteligência. 

Só lembrando que Howard chegou no Lakers falando que preferia ter ido para o Nets, enfim...