Tiago Splitter: "O rei da Espanha"

O brasileiro Tiago Splitter, antes de ir para a NBA era um dos principais jogadores da Liga ACB, tendo conquistado títulos com o Caja Laboral e sendo eleito, na sua última temporada o MVP tando da temporada regular quanto da final, o que não é para qualquer um. Splitter dominava os garrafões espanhóis. 


Depois da sua bem sucedida carreira no velho continente, o jogador finalmente decidiu ir para o San Antonio Spurs, time da NBA que o draftou. Logo no início o brasileiro teve problemas, sofrendo uma pequena lesão, que foi o suficiente para tirá-lo da pré-temporada da equipe, que era muito importante para ele, afinal era um time novo, companheiros novos e claro, um campeonato novo, de nível muito mais elevado do que o espanhol, considerado o segundo melhor do mundo. 


Essa foi uma fase difícil para Splitter, que pouco jogou na temporada passada e nos primeiros jogos, quando entrava, logo se atrapalhava com faltas, tendo que ser sacado por Greg Popovich. 


Depois da temporada que mais esquentou o banco do que qualquer outra coisa, Splitter veio defender o Brasil no pré-olímpico de Mar del Plata e talvez por falta de ritmo, não sei responder, não fez uma boa competição, principalmente se formos comparar com as suas atuações anteriores pelo selecionado nacional.


Veio o locaute da NBA e Splitter decidiu esperar, até que cansado de ficar parado, o brasileiro decidiu regressar à Espanha enquanto a greve do basquete norte-americano não acabasse. Ele era pretendido por Real Madrid, Caja Laboral e Valencia, que acabou sendo a escolha dele.


A volta de Tiago Splitter para a Liga ACB foi curta, mas serviu para mostrar que ele definitivamente é o "rei do garrafão" no velho continente. O brasileiro fez apenas três jogos, sendo sempre o destaque do time, inclusive no duelo que marcou a sua despedida, contra o poderoso Real Madrid. Nessa ocasião o brasileiro o grande nome do jogo, sendo o cestinha da partida. No total, a média de Splitter foi de 29 minutos, 15.3 pontos, 9.3 rebotes e 23.7 de valoração.

Além dessa volta passageira pelo velho continente ter dado um gás extra para o jogador, ele teve a vantagem de não ter ficado parado por muito tempo, fazendo a sua "pre-season particular", chegando inteiramente em forma ao time texano e se tudo der certo e nenhum DeJuan Blair se atrever a jogar tudo o que sabe, esse pode ser o ano de Splitter na NBA. O ano aonde ele pode mostrar para os Spurs o porque ele é o "cara" do basquete espanhol e porque todos colocam nele a esperança de ser o substituto do lendário Tim Duncan.