domingo, 26 de fevereiro de 2012

Acabou a hegemonia flamenguista sobre o São José

Que grande dia que tivemos em mais uma rodada dupla no Tijuca Tênis Clube. Primeiro, o Tijuca Basquete, com um arremesso certeiro de Manteguinha, faltando menos de um segundo para o final da partida, venceu o Joinville por 91 a 89. Mas essa não era o principal jogo que o ginásio iria sediar.

Caio Torres e o Flamengo pararam na defesa do São José
Logo após o confronto citado acima, o Flamengo, que nunca havia perdido para o São José, na história do Novo Basquete Brasil, tentava a sua 11° vitória contra o time joseense, e de quebra abrir uma maior vantagem na tabela, afinal, os adversários da noite estavam na terceira posição. Porém, os comandados de Régis Marrelli não quiseram saber do retrospecto ruim contra os rubro-negros e, decididos a vencer e ultrapassar o adversário na classificação, fez um segundo e terceiro período sensacional, vencendo as parciais por 22 a 09 e 34 a 21, respectivamente, tendo vantagem suficiente para seguram a reação flamenguista no último período, quando perdeu por 29 a 15, mas venceu o confronto por 85 a 79.


Nenhuma dessas duas partidas iriam ser televisionadas, então, como de costume, lá fui eu para o ginásio, enfrentar um calor infernal na cidade do Rio de Janeiro e uma avenida praticamente fechada, afinal, era dia do desfile das campeãs do carnaval carioca. Mas mesmo sabendo disso tudo, fui, tendo a certeza, no instinto, que veria grandes confrontos.


Não sou muito de torcer para um time ou vibrar com determinada jogada, afinal, estou lá como um profissional da comunicação, sem poder revelar expressões, somente analisar a partida e passar o que lá foi visto por mim. Mas não deu para não torcer para o São José nessa noite, que teve uma atuação de gala, empurrada pela sua torcida, que sempre presente nos jogos, saiu do interior paulista para dar força à equipe. Vale dizer que as organizadas "Pânico" e "Sexto elemento", lá estavam. 


Cheguei a trocar uma ideia com o organizador da caravana, um senhor, nem tão senhor assim, conhecido como Gaia. 


Enfim, o tabu foi quebrado e agora o São José acaba tirando um peso das costas. Não é nada demais em termos do que a equipe ainda promete fazer, mas conseguir passar por um adversário complicado e fora de casa, é um resultado muito importante para o restante da competição. Não apenas pelo fato de agora os joseenses serem vice-líderes, mas também de terem vencido uma equipe que, no papel, é considerada uma das melhores da América Latina e que para muitos, assim como eu, no início da temporada, acreditavam que seria o time a ser batido, o papa títulos. Mas não é isso que o Flamengo vem mostrando até agora.


Depois do último soar do relógio, eu fui bater um breve papo com Régis Marrelli, treinador do São José, nada muito com a intenção de registrar, só mais para trocar uma ideia mesmo. Em determinado momento eu perguntei para ele se quebrar esse tabu tiraria um peso das costas da equipe. Veja o que ele respondeu:


- Não é bem tirar um peso das costas. O time está jogando muito bem e esse resultado foi merecido. A vitória é consequência do trabalho. Não adianta querer ganhar só pelo tabu. Acho que no final nós demos bobeira um pouco, poderia ter sido melhor, mas valeu muito e eu estou muito contente pelo resultado - 


Além do Marrelli, eu bati um longo papo com o pivô Murilo Becker, o jogador mais eficiente dessa edição, com excelentes médias de acertos de arremessos e com médias de duplo-duplo. Mas esse papo é para mais tarde. Primeiro postarei a entrevista lá no BasketBrasil, site para qual eu trabalho e que cobre a minha ida às partidas, só depois, creio que na terça-feira, trago ela aqui para o Planeta Cesta.


Vale a pena esperar, pois considero esse bate papo com Murilo, que aliás, já é a segunda vez que eu o entrevisto, uma das melhores, senão for a melhor entrevista que eu já fiz.

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