domingo, 25 de março de 2012

Uma aula de como se armar um jogo

Muitos dizem que o armador é o técnico dentro de quadra. Ele é o responsável por fazer o time jogar e achar os atalhos das quatro linhas, principalmente pelo fato dele ser o jogador que melhor visão tem sobre a sua zona de ataque. Já disse é vou repetir: não gosto desses armadores que a liga está formando, armadores que usam mais da sua força física e explosão para pontuar, ao invés de usar mais a cabeça e fazer o papel de maestro, só distribuindo passes "açucarados" para os seus companheiros. 


Hoje, dois tipos de armadores se encontraram, com o Cleveland Cavaliers recebendo o Phoenix Suns. De um lado Kyrie Iving, o nome mais cotado para ser o calouro da temporada e "filho" dessa nova safra. Do outro, o lendário Steve Nash, que sabe bem qual é a sua função em quadra: dar passes que resultem em cestas mais fáceis possíveis. E foi isso que ele fez. Nash distribuiu 13 assistências em apenas 29 minutos que jogou, tendo +20 de eficiência e comandando a vitória do Suns por 108 a 83.


Irving, bom "filho" dessa nova (e ruim) safra, não desempenho bem o seu papel principal, dando somente 4 assistências em 27 minutos jogados, porém, aprendendo direitinho tudo o que um armador não precisa fazer, anotou 16 pontos, acertando 5-11 e ficando com -24 de eficiência. 


Um fato importante: Nash desperdiçou uma bola, enquanto Irving, cinco.


Não tem como brigar com a sua função. Vejam o exemplo de Ricky Rubio, que agora está machucado. Ele era uma das sensações da temporada porque deu um novo gás à função, que parecia que iria morrer, dando lugar a um bando de atletas explosivos fisicamente. Rubio, assim como Nash, usa a cabeça, e é isso que a posição pede. No confronto de hoje, mais uma vez isso ficou claro.

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