sábado, 12 de maio de 2012

Nada de zebra: Flamengo e Pinheiros se classificam e semifinais do NBB estão definidas

No texto que fiz ontem à tarde, sobre a rodada de ontem do Novo Basquete Brasil, disse que poderíamos ter uma noite histórica na competição, com uma equipe conseguindo vencer uma série, pela primeira vez, após estar perdendo por dois jogos de diferença. Pinheiros e Uberlândia tinham a chance de fazer isso acontecer e se os mineiros acabaram nadando para morrer na praia, o time da selva de pedra não deixou a chance escapar, vencendo em casa, o Joinville, por 73 a 63, com destaques para Shamell, que fez 17 pontos e Marquinhos, com duplo-duplo ao anotar 14 pontos e pegar 10 rebotes. Apesar da derrota, Kojo Mensah jogou um bolão, para variar, terminando com 15 pontos, 10 rebotes, cinco assistências e três roubos de bola.

Olivinha comemora muito a classificação
Foi sensacional a reação dos comandados de Cláudio Mortari, histórica, independente de ter sido o primeiro time a conseguir isso ou não, mas a grande verdade é que o Pinheiros, apesar de fortalecido pelo feito, deu muito mole, já que tem elenco superior aos catarinenses e ainda teve a segunda melhor campanha da fase classificatória, que lhe deu direito de fazer três jogos em casa.


Agora o Pinheiros irá encarar o atual bi-campeão Brasília, novamente com o privilégio de jogar três jogos diante da sua torcida, já que o time do Distrito Federal ficou logo atrás na primeira fase, terminando em terceiro.

Pouco vi desse jogo, na verdade, vi apenas os seis primeiros minutos, quando coloquei o pé na estrada em direção ao Tijuca Tênis Clube, palco do confronto entre Flamengo e Uberlândia, que comentarei agora.


Nos areadores do ginásio, a movimentação uma hora antes da partida começar já indicava que teríamos casa cheia, o que significava um adversário a mais para o Uberlândia, mas, apesar de ter uma grande torcida contra, quem começou melhor foram os visitantes, que logo no primeiro lance conseguiram a pontuação máxima do basquete, com o norte-americano Robert Day matando uma bola de três pontos, sofrendo falta e convertendo o lance livre de bonificação, para fazer 4 a 0 para sua equipe.


Esse poderia ser um sinal ruim para um time que perdeu os dois últimos jogos, mas, Gonzalo Garcia conseguiu ler bem os reveses sofridos e resolveu mudar a maneira de jogar, deixando um pouco de lado os arremessos de três pontos e focando mais dentro do garrafão, o que sempre dá mais resultado, só que os treinadores por aqui parecem não perceber isso. A recompensa veio no placar final, que indicava vitória dos cariocas por 77 a 62.


Jogar mais próximo da cesta é mais fácil de pontuar e o pivô Caio Torres (foto: Fernando Azevedo/ OBS: Olha quem apareceu ali atrás! Sim, eu mesmo, de camisa azul e câmera apontada para arquibancada rs) está ai para confirmar essa minha afirmação. O jogador do Flamengo foi utilizado constantemente pelos seus companheiros de time. Assim, mostrou o seu melhor basquete, fazendo 22 pontos, acertando 10 dos 11 tentos (91%) e pegando nove rebotes. A alta pontuação o levou a ser o cestinha da rodada.


Particularmente eu gostei muito do jogo que o armador Hélio fez nessa noite. Sempre se apresentando bem e conseguindo liberdade para receber a bola, o camisa #5 da Gávea teve nove pontos, quatro rebotes e cinco assistências.


O mais preocupante agora é a atual fase de Marcelinho Machado. Juro, não estou pegando no pé do cara, são os números que mostram que ele realmente não está rendendo tudo o que pode. Hoje ele tentou 45 pontos, fazendo apenas 17.


Depois dessa noite, espero que o Flamengo tenha aprendido que é mais vantajoso jogar mais próximo da cesta ao invés de ficar focando nas bolas de três pontos. Espero que tenha aprendido, mas espero que não seja tarde demais, afinal, o adversário do rubro-negro carioca na semifinal será o São José, que utiliza muito bem o seu garrafão com Murilo Becker.

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