A pedra estava cantada a muito tempo, como eu citei acima: DEFESA! Isso era o que o Franca teria que adotar na noite dessa sexta-feira, mas logo de cara ficou bem claro que esse quesito não seria o ponto forte do time da casa, que contou com um excelente público, que começou apoiando bastante o time, mas diante de uma equipe que permitiu quatro bolas de três pontos em sete tentos e seis arremessos bem sucedidos em 10 tentativas, isso só no primeiro período, começou a se calar.
Fúlvio teve grande atuação, com 8 pontos e 10 assistências |
A primeira parcial foi 25 a 18 e, além dos números que citei acima, liberdade total também para Dedé, que foi para o segundo período com 7 pontos e 5 rebotes. Por ai você já vai tendo uma noção de como foi a noite francana defensivamente.
O domínio joseense foi tão grande que a diferença chegou a ser de 27 pontos, algo difícil de acontecer até para uma fase classificatória, principalmente em um confronto entre duas equipes de primeiro escalão do basquete nacional e que lutam para estar na semifinal.
No intervalo o placar mostrava 54 pontos para os visitantes e 32 para os donos da casa que, até o momento, tinham sofrido com os 67% de aproveitamento do São José na linha de dois pontos (14/21) e com excelentes 58% nos três pontos (7/12), enquanto tentava fazer o mesmo, mas de maneira frustrada, já que havia convertido somente dois arremessos de sete tentados até o início do terceiro período.
A coisa só foi melhorar para o Franca quando o jovem Lucas Mariano, de apenas 18 anos e 2,04m, entrou em quadra, dando um gás defensivo maior e pela primeira vez fazendo com que sua equipe não perdesse feio uma parcial, deixando tudo igual em 20 pontos. O 4° período ainda foi vencido pelo time da casa, por 23 a 18, mas nada que conseguisse apagar a péssima noite.
Vale lembrar que Lucas Mariano foi convocado por Gustavo De Conti para auxiliar nos treinamentos da seleção masculina principal para os Jogos Sul-Americanos.
Para se ter ideia do massacre que o São José impôs à defesa de Franca nessa noite, além da diferença de 15 pontos, o time do pivô Murilo Becker, que terminou a partida com 17 pontos, 7 rebotes, dois roubos de bola e duas assistências, conseguiu 31 rebotes no total, contra 16 do Franca, deu 24 assistências contra 14 do adversário e teve uma eficiência de 117 contra 86.
Outro fator que vale muito a pena destacar foi o conjunto. Franca teve Basden, que fez 14 pontos, Márcio, que fez 13 e Lucas Mariano, que anotou 10 pontos, como os únicos atletas da casa que tiveram dígitos duplos na pontuação, enquanto o São José teve cinco. Além dos 17 pontos de Murilo, a equipe ainda contou com mais 17 de Dedé, 15 de Chico, 13 de Laws e 11 de Fischer.
Fúlvio teve oito pontos, ficando de fora da lista acima, mas merece destaque, afinal, foram 10 assistências para conta dele.
Voltando às estatísticas da partida, só para finalizar, São José teve um aproveitamento geral de 63% nas bolas de dois (26/38) e 46% na linha de três pontos, com 12 acertos em 26 tentativas, enquanto o Franca teve 62% de dois pontos (26/42) e 27% de três (4/15).
Fica ai uma dica para Hélio Rubens e seus jogadores do que não fazer na próxima partida.
Com esse resultado, o São José terá a oportunidade de fechar a série já nos dois jogos que fará em sequência em casa, caso vença os dois, o que não é muito problema para a equipe, afinal, dos 14 confrontos que fez diante da sua fanática torcida, até aqui, venceu 13, só perdendo para o Flamengo, por 101 a 98.
No outro jogo da noite, o Joinville fez valer o seu mando de quadra e derrotou o forte elenco do Pinheiros por 96 a 80, com destaque para os norte-americanos Bishop e Kojo, que fizeram 23 pontos cada um.
Final Four da Liga das Américas
Não foi só pelo NBB que tivemos times brasileiros em quadra não. Pela fase final da Liga das Américas, o Brasília perdeu para o forte time do Obras Sanitarias, por 73 a 63 e agora vê o título da competição um pouco mais distante, tendo ainda os jogos contra o Pioneros de Quintana Roo (MEX), às 20h e Unión de Formosa (ARG), no domingo, às 22h, para tentar ficar com o título mais importante do continente.
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