A nobre arte do Tijuca em entregar jogos ganhos

Tradicionalmente, estive no ginásio do Tijuca Tênis Clube para acompanhar a partida dos donos da casa contra o Limeira e do Flamengo contra o Araraquara. O confronto entre os rubro-negros e os paulistas foi mais difícil do que se esperava, com o time da Gávea tendo certa dificuldade durante a partida, chegando a perder o segundo período por 21 a 18 e, faltando cinco minutos para o término do duelo, vencia por apenas cinco pontos. Faltando perna para o Araraquara, o Flamengo conseguiu abrir no final, fechando em 81 a 65.

Vindo do banco, Jefferson Sobral fez 21 pontos,
sendo o cestinha do Tijuca.
Foto: Colin Foster

Fechar a partida: eita palavra que dá dor de cabeça no Tijuca Tênis Clube. A equipe comandada por Miguel Ângelo da Luz, na maioria dos seus jogos, passa por perrengues no último período, entregando duelo vencidos, literalmente de bandeja para os adversários. Neste sábado, isso novamente voltou a acontecer.

Depois de começar muito bem, obrigado, terminando o primeiro período com 21 pontos, contra 17 do adversário, o jogo ficou equilibrado nos 30 minutos restantes, o que já era mais do que esperado. O que não era previsto, pelo menos para Miguel Ângelo da Luz e seus comandados, é que, depois de iniciarem o quarto período com cinco pontos de vantagem, o fantasma de não conseguir fechar uma partida voltasse a assombrar o time da zona norte carioca, deixando o Limeira virar e vencer por 77 a 76, fazendo 23 a 17 na parcial.

Apesar de ter "entregado" mais uma vitória, os tijucanos ainda sonham com os playoffs, só precisando que o Minas Tênis Clube, outra equipe que briga por uma vaga, já que perdeu o duelo direto para o Liga Sorocabana, que se garantiu na próxima fase, perca os dois próximos jogos, o que não é tão difícil assim, já que os seus adversários serão Brasilia e Bauru, ambos fora de casa. Acontecendo isso, o Tijuca até pode perder para o Flamengo na rodada de encerramento da temporada regular, já que tanto os cariocas quanto os mineiros terminarão com nove vitórias, mas tendo vencido os dois confrontos diretos, os tijucanos confirmam participação no mata-mata.

Sem brincadeira: Se o Tijuca fosse um pouco mais competente na hora do "vamo vê", já teria se garantido há muito tempo, sem necessidade de passar sufoco.