quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Até quando vai faltar planejamento para a seleção feminina?

Nunca fui à favor do Tarallo comandar a seleção feminina nos Jogos Olímpicos de Londres. Não tenho nada contra o cara, é uma questão de falta de experiência e até mesmo de convívio com o grupo para tal, já que ele assumiu a seleção justamente para disputar a competição, um erro da Confederação Brasileira de Basquete, que fez uma mudança radical no comando do time feminino às vésperas do torneio mais importante do mundo.

Nada deu certo em Londres, como era de se esperar, agora, Carlos Nunes (foto), presidente da CBB, cogita a troca de treinador, querendo trazer um australiano para o comando da seleção, segundo matéria do Globoesporte.com.

Nossa, eu juro que fiquei pasmo com a matéria. Então quer dizer que tirou o Ênio Vecchi para colocar o Tarallo e agora já pensa em mandar o cara embora? Cadê o planejamento, uma estratégia traçada para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016? Aliás, não foi dito que o Tarallo estava sendo preparado para o próximo ciclo olímpico? Cadê?

Ano que vem tem eleição na CBB, e se Nunes continuar no comando, com esse pensamento, será que às vésperas da competição aqui no Brasil novamente a seleção sofrerá alterações?

Resumindo a passagem de Tarallo pela seleção, ele foi lá, assumiu o abacaxi, se queimou e agora pode ir embora, é isso? 

Nunes, eu sou apenas um blogueiro, estudante de jornalismo, mas com todo o respeito, se não houver um planejamento, essa situação que a seleção feminina se encontra atualmente nunca mudará. A culpa da seleção feminina estar ruim das pernas é exclusivamente sua. Você que comanda a CBB, você que escolhe os profissionais que irão fazer o trabalho na seleção. E outra, trazer um treinador australiano é legal, vai dar mais moral para o time feminino, assim como a vinda do argentino Magnano modificou o time masculino, mas simplesmente trazer estrangeiros para comandar nossas seleções não é tudo. Essa não pode ser uma medida para o resto da vida, tem que ser algo provisório. Temos que preparar nossos treinadores para que eles possam ser capazes que comandar o nosso selecionado. Temos que dar moral para as nossas jogadoras da base, para que no futuro a solução não seja a naturalização, como foi com Larry Taylor no masculino.

Se for mudar de treinador, que mude, mas mude logo e escolha bem, para que ele possa ter um bom tempo para realizar o seu trabalho, assim não sendo prejudicado pela falta de planejamento da CBB.

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