sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Respeitem o profissional

Acabou de ler uma matéria muito boa lá no Globoesporte.com (clique aqui e leia também). Matéria muito boa em termos jornalísticos, por que o conteúdo que ela revela realmente é de se lamentar.

A reportagem, feita pela repórter Rafaela Gonçalves, mostra o sacrifício dos jogadores do Liga Sorocabana para poderem exercer sua profissão. A matéria conta que o time de Sorocaba viajou 450KM de ônibus até Rio Preto para enfrentar o América e, logo após a partida, não tiveram o mínimo descanso, saíram direto do ginásio para o ônibus, para voltar para Sorocaba, uma viagem de 900KM no total.

O pior não foi isso. O Liga Sorocabana perdeu e o treinador e presidente da equipe, Rinaldo Rodrigues, descontou tudo em cima dos jogadores. A irritação foi tão grande, que Rinaldo declarou que sentia vergonha de seus jogadores.

"Vamos parar no hotel. Ninguém vai tomar banho. É só para pegar as coisas e voltar. Quem não estiver no ônibus em cinco minutos, vai ficar. Eu não estou brincando. Ninguém vai tomar banho, ninguém vai demorar. Também não vamos parar para jantar. Estou com vergonha de vocês. Ninguém perde um jogo desse, ainda mais desse jeito, ninguém", disse Rinaldo ao Globoesporte.com

Depois o treinador reconheceu que seus atletas teriam que comer, mas cada um pagaria do seu bolso.

"Nós vamos parar para comer, mas vai demorar! E outra coisa: cada um vai pagar o seu! Eu me esforcei, paguei hotel para vocês jogarem descansados e vocês fazem isso?Estou com vergonha!"

Isso é uma vergonha. Rinaldo, pagar hotel, comida etc. para os jogadores não é um luxo que você está dando à eles, mas sim sua obrigação. 

Não interessa se o resultado foi ruim ou não, estamos falando de profissionais e, antes de tudo, de seres humanos. 

Se eu fosse um jogador do Liga Sorocabana, terminaria o meu vínculo com a equipe na mesma hora. 

Que história é essa de colocar o cara para viajar 900KM, fazer com que ele volte sem tomar banho, pague sua comida e ainda seja humilhado?

Pelo amor de Deus, aonde estamos? Vamos respeitar nossos profissionais!

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