domingo, 30 de outubro de 2011

Números, números e mais números

A final do basquete nos jogos Pan-Americanos acontece hoje, entre República Dominicana e México, mas como todos nós já sabemos a competição terminou para nós faz tempo. Com isso venho trazer para vocês as estatísticas dos selecionados feminino e masculino, mostrando aonde nós mais pecamos e aonde tivemos sucesso. Como a competição feminina terminou primeiro, vamos começar por ela:


O selecionado do técnico Ênio Vecchi fez cinco jogos e venceu quatro, totalizando 200 minutos jogados e 435 pontos marcados. A atleta que mais tempo ficou em quadra foi a pivô Érika de Souza, que jogou 136 minutos. Em toda a competição, o time brasileiro chutou 286 bolas da linha de dois pontos e acertou 130 (45.5% de acerto). Da linha de três pontos foram no total 91 arremessos e 29 acertos (31.9% de aproveitamento). Em lances livres tivemos uma porcentagem de acerto de 64.2%, ao acertarmos apenas 88 dos 137 arremessos tentados. No quesito rebote, pegamos 224, sendo 79 ofensivos e 145 defensivos e ainda demos 81 assistências, desperdiçamos 67 bolas, roubamos 46 e demos 17 tocos.


Novamente a seleção repete os mesmo erros. Foram muitas bolas de três chutadas e poucas convertidas e o problema nos lances livres persiste. Um percentual de 64.2% é muito baixo, temos que elevar esse número para no mínimo 85/90%. Não estou falando apenas do selecionado feminino, mas também do masculino, que sofre muito nesses dois fundamentos.


Falando em time Masculino, vamos aos números da seleção comandada por Rubén Magnano.


Fizemos quatro partidas e vencemos duas, totalizando 160 minutos jogados e 308 pontos marcados. Na linha de dois dois pontos tivemos um aproveitamento de 49%, ao convertermos apenas 77 das 157 bolas tentadas. Quando o assunto são os tiros de três pontos a situação fica pior. Demos uma aula de como arremessar bolas de três em contra ataques com vantagem numérica de jogadores, o que nunca é recomendável, a não ser que o time esteja com a mão calibrada, o que não era o caso do Brasil. Tentamos 93 arremessos e convertemos 28 bolas (30.1% de aproveitamento). Nos lances livres foram 70 bolas "mortas" de 93 tentadas (75.3% de aproveitamento). Nos rebotes foram 130 no total, sendo 35 ofensivos e 95 defensivos. Além disso, ainda distribuímos 60 assistências, desperdiçamos 59 bolas, roubamos 29 e demos 14 tocos.


Os números da nossa seleção masculina já diz tudo. Fomos péssimos tanto na linha de dois como na linha de três pontos e mais demos 60 assistências, hum legal! Mas de que serviu se devolvemos 59 bolas aos adversários? São essas coisas que tem que começar a se pensar. Não adianta irmos bem no ataque (não fomos) e devolver o nosso esforço feito lá na frente de bandeja (literalmente) para o adversário.

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