domingo, 11 de setembro de 2011

E agora, como vai ficar o caso do Nenê e do Leandrinho?

Logo após a conquista da vaga olímpica para Londres, os torcedores começaram a se manifestar nas redes sociais com frases que deixaram bem claro que o pivô Nenê Hilário e o ala-armador Leandrinho Barbosa não  deveriam mais ser convocados.

Realmente é um caso muito complicado de se resolver, mas não podemos deixar de dizer que nas olimpíadas o nível é diferente, não se pode comparar com um simples torneio continental, que esteve "desfalcado" da sua principal seleção; a dos Estados Unidos. Imaginem se os americanos não fossem campeão mundiais no ano passado. Seria uma missão quase impossível para nós disputar a vaga contra eles e os argentinos.


Antes de entrar de cabeça nesse assunto, temos que saber se há interesse do Nenê e do Leandrinho em defender o Brasil em Londres. Pode parecer loucura o que eu acabei de dizer, afinal, todo jogador quer disputar uma olimpíada, mas se formos pensar nos sonhos de todos os jogadores da base, aspirantes à profissionais, o sonho deles é defender a sua seleção. Ou seja, se eles (Nenê e Leandrinho)  não tiveram esse sonho, como poderiam sonhar em jogar uma olimpíada?


Cá entre nós, o Leandrinho nem é assim tão indispensável para o Brasil. Quando esteve no mundial do ano passado, o jogador pouco fez na competição e em momentos aonde a seleção estava em mal na partida, ele queria resolver tudo do seu jeito, o que não deu certo. Esse tipo de jogo não se encaixa na atual filosofia dos atletas que lá estão agora, que visam sempre a defesa como prioridade (coisa que o Leandrinho não faz direito) e no ataque jogam sempre na coletividade. Já o Nenê é um caso diferente. Ele é um jogador que eu costumo chamá-lo de "americanizado", pois ele é forte, joga duro no garrafão e não respeita (no bom sentido) o adversário. Se tem um cara na frente dele, que se dane, ele vai pra dentro, enterra e se duvidar ainda sobre a falta. Esse tipo de jogador que o Brasil necessita para jogar contra os grandes.


Carlos Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, declarou que se dependesse dele, só levaria o Varejão.


"É meio complicado dizer isso, mas acho que só o Varejão tem lugar, né. É claro que essa decisão é do Rubén Magnano, e é uma decisão difícil. Mas acredito muito nessa juventude. Temos o Rafael Hettsheimeir, o Luz, estamos num caminho muito certo. Nós renovamos o time e ao mesmo tempo conseguimos uma classificação inédita".


Acho que essa decisão não cabe apenas a uma pessoa, seja ela o manda chuva do basquete brasileiro ou até mesmo o técnico. Acredito que o Rubén Magnano deve primeiro se reunir com todos os seus jogadores e com a sua comissão técnica para debater o assunto abertamente. Caso todos estejam de acordo, convoquem os caras, mas se eles não forem mais bem vindos, que fiquem de fora, para o bem da equipe e do basquete nacional.

Nenhum comentário: