terça-feira, 13 de setembro de 2011

Seria o Brasil a nova potência do continente?

Deixando de lado o calor da conquista da vaga olímpica e o triunfo sobre os argentinos na casa deles, faço a seguinte pergunta: Seria o Brasil a nova potência do basquete nas Américas? A minha resposta é sim! Vamos analisar os fatos.


Tirando a seleção dos Estados Unidos, que é uma verdadeira máquina de fabricar talentos na modalidade, revelando a cada ano que passa uns 10 jogadores excelentes e mais uns 3 ou 5 que futuramente serão lembrados na lista dos maiores da história, a seleção que domina o continente atualmente é a Argentina, mas esse reinado já está próximo do fim.


O selecionado do técnico Julio Lamas está ficando velho e não vem mais mostrando aquela disposição em quadra de alguns anos atrás. Para se ter uma idéia, dos 12 convocados para o pré-olímpico que acabou de se encerrar, apenas dois atletas tinham menos de 30 anos. Eram eles, Carlos Delfino (29 anos) e Juan Pedro Gutierrez (27 anos). Os principais jogadores já estão com uma idade avança e não devem jogar além de mais três temporadas. Cito como exemplo o Fabricio Oberto, que com 36 anos provavelmente tenha feito a sua última partida como profissional na final desse domingo, contra o Brasil e Manu Ginóbili, grande maestro do time que também está perto de aposentar-se das quadras. Com 34 anos acredito que a sua aposentadoria (pelo menos da seleção) deva acontecer após a realização das olimpíadas de Londres, no ano que vem. O jogador de maior destaque da seleção que podemos chamar de novo é o pivô Luis Scola, que tem 31 anos e não jogará mais do que 5 temporadas futuras. (estou prolongando um pouco). O pior (ou melhor, no nosso caso) é que não estamos vendo uma renovação no time, não teve nenhum jogador da base que se quer foi convocado para a primeira fase de treinamentos e segundo o que eu vi no mundial sub-19 desse ano, não haverá uma revelação tão cedo no basquete argentino.


Hettsheimer teve boas atuações nesse pré-olímpico


O caso do Brasil é muito diferente dos "nossos irmãos". Rubén Magnano levou nada mais nada menos do que 6 jogadores (metade do elenco) com 26 anos ou menos. Foram eles: Rafael Luz (19 anos), Vitor Benite (21 anos), Augusto Lima (19 anos),  Rafael Hettsheimer (25 anos), Caio Torres (24 anos) e Tiago Splitter (26 anos). 


Como todos sabem, esses jogadores entraram e mandaram muito bem em quadra, mostrando confiança e personalidade (Caio Torres e Rafael Luz nem tanto). Particularmente eu gostei muito do jogo do Hettsheimer, que mostou ser um pivô que não tem medo de marcação e faz jogadas agressivas, com enterradas, com regularidade, assim como Augusto Lima, que deu lá as suas enterradas no torneio e é bom na briga por rebote.


Subindo um pouco a faixa etária, temos ainda o Marcelinho Huertas, que com 28 anos ainda não pode ser chamado de vovô, principalmente se comparado com a média de idade do time argentino.


Bebê e Dwight Howard
Rubén Magnano tem além desses jogadores que ele levou à Mar del Plata, mais duas jovens promessas do basquete nacional; Raulzinho Neto, que inclusive foi convocado e permaneceu com o grupo até a fase final de preparação e Lucas Bebê (foto), que tem deixado um pouco a desejar e nunca atuou pelo time principal. Ambos os jogadores tem 19 anos e são grandes promessas do basquete brasileiro. Inclusive, na minha singela opinião, o Raulzinho irá disputar as olimpíadas no lugar do Nezinho, que pouco fez no torneio continental. Ou seja, com muitos jogadores jovens e talentosos, a nossa seleção tem de tudo para ser a "nova Argentina" da década. 


OBS: Esse time jogando junto até 2016 tem grandes chances de trazer uma medalha para o basquete nacional, pois além de talento e entrosamento, o time vai contar com apoio da torcida, já que o evento será realizado na cidade maravilhosa.

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