Com mais uma derrota feia para um selecionado inexpressivo na modalidade, o Brasil deu adeus à competição, não tendo mais chances de classificação, já que possui apenas mais uma rodada para tentar a primeira e única vitória, enfrentando, nesta quarta-feira, a Turquia, o outro selecionado que ainda não venceu na competição. A Austrália, quarta colocada no grupo B, o grupo do Brasil, possui quatro vitórias e não corre mais o risco de perder a vaga na fase quartas de final.
Ontem eu falei aqui que o nosso selecionado feminino sub-17 possuía a segunda pior defesa e o segundo pior ataque da competição, só ficando à frente da seleção de Mali. Hoje, após essa rodada, a situação é a mesma, porém, desta vez, trarei alguns números para reafirmar o quão ruim está sendo a campanha brasileira.
O percentual de acerto do Brasil em quadra é simplesmente horrível, com apenas 28.8% dos arremessos tentados sendo convertidos, ficando na frente somente de Mali, que possui 26.3% e Austrália, a seleção com o pior aproveitamento, tendo 25.1%. O Brasil, durante essas quarto partidas, tentou 278 arremessos, acertando apenas 80.
Quando nos restringimos à linha de dois pontos, o aproveitamento sobe para 32.6%, mas, nos três pontos, a seleção brasileira possui o pior índice de acerto, com 13%, tendo convertido sete bolas em 54 tentativas. Isso mesmo, 54 tentos para apenas sete acertos.
Se você está achando isso tudo ruim, que tal 50.7% na linha de lances livres? Horrível, não é verdade? Só não consegue ser pior do que Mali, que possui ridículos 38.5% de acertos.
O único quesito que o Brasil aparece bem são nos roubos de bola, tendo 15,5 roubos por partida, ficando na segunda posição, com 0.5 de desvantagem para o líder Japão.
Definitivamente a seleção brasileira está fazendo uma campanha vergonhosa nesse Mundial, sendo derrotada por times que éramos para passar por cima com facilidade. Onde já se viu o Brasil perder por 21 pontos de diferença para o Japão? Perder da Austrália é aceitável, pela tradição do país no feminino, mas, sofrer um revés para Holanda, que é um zé ninguém no basquete, por 20 pontos de diferença, é muito, mas muito preocupante.
Contra a Turquia, nesta quarta-feira, o Brasil terá a chance de terminar a competição de uma maneira menos vergonhosa, tentando a sua única vitória, para não ter ido à Amsterdã, onde está sendo disputada a competição, apenas para passear.
Lembrem-se, se nos Jogos Olímpicos de 2020 o Brasil fizer uma campanha horrível no feminino, isso será fruto do que está acontecendo hoje.
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