terça-feira, 21 de agosto de 2012

Será que 16 seleções é o ideal para os Jogos Olímpicos?

A FIBA está querendo fazer com que o basquete volte a ter 16 seleções nos Jogos Olímpicos, algo que não acontece desde a olimpíada de Munique, na Alemanha, em 1972. 

Para novamente ter 16 selecionados nos Jogos, a Federação Internacional de Basquete precisa da autorização do Comitê Olímpico Internacional (COI), que não parece muito disposto a adicionar mais quatro times, já que a FIBA fez o pedido por duas vezes e, em ambas ocasiões, foi negado.

A questão é a seguinte: será que vale a pena vermos 16 seleções no basquete olímpico?

O lado bom é que, com mais seleções, haverá mais jogos, sem contar que a adição de mais quatro selecionados fará com que o esporte tenha mais participação de alguns países que não possuem tanta tradição olímpica, logo, disseminando mais ainda a modalidade pelo mundo.

Em contra partida, o Mundial está aí para isso, para que mais seleções possam participar, apesar da competição ser mal planejada, sempre ocorrendo no mesmo ano do Mundial de futebol, o que acaba, por consequência, fazendo com que poucos saibam que naquele determinado ano haverá um mundial de basquete, afinal, competir com o futebol é complicado na maioria dos países do mundo. Mas isso a FIBA já está reconhecendo e querendo mudar o calendário para que a competição tenha mais visibilidade.

Com 24 participantes, creio que o Mundial já cumpra esse papel de dar a chance de equipes menos tradicionais estarem inteiradas com a modalidade.

Para uma olimpíada, particularmente eu não gostaria de ver 16 seleções e, para ser bem radical, se fosse para alterar o número de participantes, diminuiria para dez, pois entendo que às olimpíadas são apenas para a nata da modalidade, para os melhores dos melhores entre os melhores, entenderam?

Se com 12 equipes sempre há aquela que será o caso de pancadas, como foi a Grã-Bretanha em Londres, o Irã e a Angola em Pequim, e por aí vai, com 16 times o nível cairia mais. Com todo o respeito, quem gostaria de assistir Irã e Angola, por exemplo, nas olimpíadas?

Volto a dizer que, na minha visão, o único lado bom seria o maior número de partidas, mas, em uma competição de altíssimo nível como os Jogos Olímpicos, o que deve sempre estar em primeiro lugar é a qualidade desses confronto e não a quantidade. Deixe isso para o Mundial.

Há 40 anos atrás, quando a última edição com 16 equipes foi disputada, tivemos as participações de equipes fracas, como Polônia, Filipinas, Japão, Senegal e Egito, o que, sem dúvida, não é legal para a modalidade. Repito: deixe isso para o Mundial.

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