sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Seleção feminina está fora dos Jogos Olímpicos de Londres

Canadenses comemoram a classificação enquanto
Joice deixa a quadra cabisbaixa 
Os resultados insatisfatórios nos amistosos preparatórios para os Jogos Olímpicos de Londres, somados a falta de experiência em seleção adulta do atual treinador Luís Cláudio Tarallo, já davam uma pequena amostra do que seria a campanha do selecionado feminino na edição londrina da competição mais importante do mundo. Na sua quarta partida, contra o Canadá, mais uma derrota, perdendo por 79 a 73, resultado que faz com que Érika e companhia não tenham mais chances de avançar para a fase mata-mata, restando apenas mais uma partida, contra a Grã-Bretanha, no próximo domingo, enquanto as canadenses, com esse resultado, conquistaram a segunda vitória dentro do grupo, confirmando a sua participação nas quartas de final, contra China ou Estados Unidos, que se enfrentam também no domingo para saber qual equipe ficará na liderança do grupo A.


Confesso que não acompanhei essa derrota brasileira, pois estava em aula (daí a demora para postar o texto, desculpem). O resultado chegou até mim através do rádio, acompanhado de uma surpresa, afinal, eu estava esperançoso quanto a primeira vitória nos Jogos, não pelo simples fato da esperança ser a última que morre, mas por que as canadenses não tem um time superior ao do Brasil, tendo inclusive perdido por 56 a 39 na última partida, válida pelo Pré-Olímpico das Américas, que foi disputado no ano passado, em Neiva, na Colômbia.


Érika Souza novamente carregou o time, com 22 pontos e 12 rebotes. Dessa vez, ao contrário de Karla, a pivô brasileira, que fechou contrato com o Sport Recife (mais tarde eu falarei disso) teve o auxílio de Clarissa, que ficou em quadra por 28 minutos, fazendo 21 pontos,  pegando 10 rebotes e distribuindo três assistências, uma a mais do que a experiente armadora Adrianinha, que terminou a competição com médias muito abaixo do esperado, ficando com 5.2 pontos, 2.2 rebotes e 2.5 assistências, uma média de passes que resultaram em cestas muito baixa para uma armadora, principalmente quando falamos de Adrianinha, que já está na estrada há muito tempo.


Enfim, mais uma derrota e a eliminação. Mas ainda há algo em jogo para a nossa equipe, embora o fim da participação em Londres já esteja decretado. No último jogo, contra a Grã-Bretanha, uma vitória evitará que o grupo se despeça da competição sem nenhum bom resultado, terminando com a pior campanha de sua história nos Jogos, superando a última participação olímpica, quando teve apenas um triunfo e terminou na penúltima posição.


É claro que o Tarallo será muito criticado, e com razão, mas vale lembrar que a culpa maior por isso é de quem o colocou lá. Não estou dizendo que ele não seja competente para o cargo, não é isso. Só acho que tudo tem seu tempo e seu momento certo. O tempo do Tarallo iria chegar, mas, depois desse resultado, a CBB, que gosta só de olhar para os resultados, pode queimá-lo, infelizmente.

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