segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Seleção feminina sub-17 tem o segundo pior ataque e a segunda pior defesa do Mundial

Para quem ainda não sabe, está rolando, deste o dia 17 de agosto, o segundo Mundial Feminino Sub-17, que está sendo disputado em Amsterdã, na Holanda.


Foto:Divulgação/CBB
O Brasil, ah, o Brasil, o que falar dele? 

Com apenas 30 dias de preparação para a competição mais importante da categoria, o selecionado brasileiro, que está sendo comandado por Janeth Arcain, infelizmente, está seguindo à risca os passos da atual seleção adulta. Assim como o time adulto nos Jogos Olímpicos, o sub-17 está muito mal no Mundial, acumulando três derrotas em três partidas, e mais, tendo o segundo pior ataque da competição, com apenas 159 pontos marcados, o que dá uma média de 53 pontos anotados por partida. Muito pouco, não acham?

Como tudo o que está ruim pode piorar, não é só o ataque brasileiro que preocupa. A defesa do time sub-17 canarinho também é a segunda pior, sofrendo 227 pontos, uma média de 75.6 pontos permitidos por confronto. 

Em ambos os quesitos, o Brasil (que está no grupo B) só fica à frente de Mali, (que está no grupo A) que também não sabe o que é vencer na competição, sofrendo, em média, 76 pontos e fazendo 45.6 pontos.

Essa situação me faz lembrar os Jogos Olímpicos de Pequim, quando o Brasil venceu apenas um jogo em cinco confrontos, ficando à frente somente de Mali, o mesmo país que, com as meninas, neste momento, está fazendo o mesmo que as adultas fizeram há oito anos atrás: segurando a lanterna, que poderia muito bem ser do Brasil.

Ler sobre o basquete de base deve ser chato para alguns, mas, é essa geração que um dia estará vestindo a camisa do time adulto, e, desde já, os resultados não são nem um pouco agradáveis. É claro que a maior parcela de culpa não está nas atletas, mas sim no modo como a nossa Confederação coordena o basquete de base.

Sem sombra de dúvidas que esse time deveria ter se preparado no mínimo três meses para poder ter condições de disputar de igual para igual com às melhores do mundo na categoria.

O que mais me espanta é ver países com muito menos tradição que o nosso estar dando um banho no Brasil, como é o caso da Bélgica, que está no outro grupo, o grupo A, e faz uma excelente campanha, com duas vitórias em três partidas, tendo a melhor defesa da competição e um dos melhores ataques. O Japão (quem é Japão no basquete?) dando uma surra no Brasil logo na estreia, vencendo por 92 a 71 em um "excelente jogo do Brasil", como afirmou a matéria da CBB.

Atualmente na última posição do grupo B, junto com a Turquia, que também não venceu nenhum jogo ainda,  o único jeito do Brasil se classificar para a próxima fase é vencendo a Holanda, amanhã, às 11h45 e depois, na quarta-feira, derrotar a Turquia, em partida a ser realizada às 07h15. Ah, e é claro, torcer por tropeços da Austrália. Parece muito? Também acho.

Eu me despeço com a declaração de Janeth antes do início da competição:

"A nossa seleção evoluiu muito desde o inicio dos treinamentos. As atletas e a comissão estão bastante motivadas e pensando positivamente. O Brasil vai jogar de igual para igual com todas as seleções."

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