segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pós-Londres, situação das seleções masculina e feminina do Brasil se invertem

Antes da volta do basquete masculino aos Jogos Olímpicos, a seleção feminina era o nosso maior orgulho dentro da modalidade, sempre participando da competição mais importante do mundo, mesmo que não tenha tido, em todas ocasiões, grandes exibições, como acabou não ocorrendo em 2008, quando o selecionado feminino teve apenas uma vitória em cinco partidas, anotando a sua pior participação em uma edição olímpica, ficando à frente somente da seleção de Mali, que terminou na última colocação, sem nenhuma vitória. Mesmo assim, com essa campanha ruim, pelo menos a seleção feminina estava lá, enquanto a masculina via tudo da televisão. Além do mais, nesse tempo que o basquete brasileiro masculino não participou dos Jogos, o feminino teve boas campanhas, tendo conseguido uma medalha de bronze, nos Jogos de Sydney-2000 e um quarto lugar em Atenas-2004.

Agora, com a volta do basquete masculino em grande estilo aos Jogos Olímpicos e, com a segunda campanha muito ruim do selecionado feminino, às posições estão invertidas, com os homens tendo os holofotes para si enquanto as meninas estão se tornando uma grande preocupação, uma incógnita para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

O basquete brasileiro no masculino está bem encaminhado. Ok, esperávamos uma medalha olímpica que acabou não vindo, mas, mesmo assim, o time saiu em alta, tendo feito uma grande preparação e, quando os Jogos começaram, sem nenhum jogador com experiência olímpica, o Brasil foi lá e teve uma bela campanha, perdendo apenas para a Rússia, por um ponto de diferença, e para a Argentina, uma das melhores seleções do mundo e que vinha de duas medalhas seguidas.

No meio desse caminho vitorioso, um triunfo sobre a segunda melhor seleção no ranking da FIBA: a Espanha. Tudo bem, eles entregaram o jogo para poder fugir dos Estados Unidos antes da final, mas e daí, foi o Brasil que pediu isso? Não! Portanto, problema é deles e vitória nossa, uma grande vitória.

Se o masculino ganhou muito respeito dos adversários, amadurecendo bastante para futuros grandes feitos, que poderá vir já no Mundial de 2014 ou nos Jogos do Rio, em 2016, o feminino perdeu moral e se tornou uma preocupação não só para os torcedores, mas também para o Comitê Olímpico Brasileiro, que disse o basquete feminino é um dos que merece atenção maior no momento.

Tudo invertido. Até há um tempo atrás era a feminina que era o que "tínhamos para hoje", agora, é a masculina. Vamos torcer para que o basquete feminino brasileiro consiga dar a volta por cima, assim como o masculino conseguiu dar, para que ambos possam caminhar juntos, em largos passos.

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