quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dava para ter ido mais longe, mas a campanha foi boa

Ginóbili comemora mais uma vitória contra o Brasil
Não foi o melhor jogo da seleção brasileira. Erros defensivos, lances livres desperdiçados e, das nossas três principais peças ofensivas, apenas Leandrinho Barbosa conseguiu pontuar bem, terminando o jogo com 22 pontos, mesma pontuação de Marcelinho Huertas, que tem como principal função deixar seus companheiros em boa situação para finalização e não pontuar. Enquanto isso, na Argentina, Scola, Ginóbili e Delfino, às principais peças de ataque no esquema de Julio Lamas, desempenharam bem o seu papel. Resultado: vitória Argentina por 82 a 77, deixando o sonho do Brasil subir no pódio olímpico para daqui há quatro anos, no Rio de Janeiro.

A falta de dobra em cima de Scola, que fez 17 pontos, os 12 erros nos lances livres e a dificuldade para atacar foram os principais fatores para a eliminação brasileira, que, mesmo jogando mal por grande parte do tempo, nunca viu o jogo escapar, provando que, se tivesse um pouquinho mais de capricho, ou melhor, se conseguisse atuar como vinha atuando, ficaria, tranquilamente com essa vaga.

Apesar de tudo, o Brasil está de parabéns. Está de parabéns pela campanha após 16 anos de ausência nos Jogos Olímpicos, está de parabéns por não ter tido medo de vencer a Espanha e ter um adversário mais complicado pela frente. Parabéns também por ter feito um jogo equilibrado até o final, mesmo jogando mal, contra a terceira melhor seleção do mundo no ranking da FIBA, que possui grandes estrelas, que é atual medalhista de bronze olímpica e a penúltima seleção a conquistar o ouro na competição, ficando no lugar mais alto do pódio em Atenas, 2004.

Foi uma derrota de um país que está começando a se restruturar na modalidade, voltando a disputar uma olimpíada, voltando a ter um campeonato nacional forte, bem organizado e cheio de pessoas com boas intenções à respeito do basquete no Brasil, enquanto o adversário, do outro lado, é organizado a mais tempo, possui um trabalho em sua Confederação mais profissional e, que tem sua seleção nacional jogando junta a muito mais tempo do que a do Brasil.

Esperávamos mais do Brasil, aliás, o mundo todo, que elogiava a nossa seleção, esperava, mas perder para os Argentinos, em uma parte pouco inspirada dos nossos jogadores, não é demérito algum. Agora, é levantar a cabeça e deixar Rubén Magnano seguir com esse trabalho maravilhoso na seleção principal.

Daqui a dois anos tem o mundial na Espanha. Se a história dos pedidos de dispensa não voltar a acontecer, essa seleção estará mais madura e entrosada. Aí, às chances de uma boa campanha será infinitamente maior.

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