O basquete feminino brasileiro passa por um momento muito ruim, e os campeonatos dentro do país pouco ajudam. O campeonato Paulista, que concentra a maioria dos principais clubes do país, já que dos nove times que disputaram a última edição da LBF, oito era do Estado mais rico do país, terá a sua segunda rodada sendo realizada nesta sexta-feira, com o confronto entre Guarulhos, que está de volta à elite da competição e São Caetano, que perdeu todos os jogos que fez na LBF 2, medindo forças em Guarulhos, às 20h.
Até aí tudo bem, mais uma rodada, o problema é que o Campeonato Paulista Feminino é como aquelas religiões secretas: Todo mundo sabe que existe, mas ninguém sabe como é, como funciona e quando acontece, exceto os times participantes e quem cobre a modalidade. Mas o público, que é o principal alvo, praticamente não sabe das suas ações e, quando sabe, não desenvolve interesse em acompanhar. Não que a culpa seja do "povo", mas sim de um campeonato mal planejado.
Hoje, quando digo que teremos a segunda rodada, na verdade quero dizer que haverá apenas um jogo, e mais, apenas a segunda partida de uma competição que começou no último dia 16 de agosto, ou seja, estamos falando de quase 10 dias de campeonato e apenas dois confrontos, contando, é claro, com o que acontecerá logo mais.
Como se não bastasse, o desinteressante jogo entre Guarulhos e São Caetano não terá transmissão da televisão. A resposta para isso eu acabei de citar na linha acima: é desinteressante.
Ninguém quer acompanhar um campeonato que está com médias de um jogo a cada cinco dias. A torcida das equipes, coitada, quase não sabe o que é ver seu time jogar. O São José, que estreou vencendo o atual campeão Santo André volta à quadra somente no dia 30 de agosto, 14 dias depois da estreia. O Santo André a mesma coisa.
Dessa maneira não há atenção do público, não há interesse da TV e, consequentemente, não há evolução.
Seleção feminina sub-17
Falando em evolução, ou na falta dela, a seleção feminina sub-17 decepciona cada vez que entra em quadra pelo Mundial da categoria, que está sendo disputado em Amsterdã, na Holanda.
Depois de perder quatro jogos dos cinco que tinha direito na fase de grupos, sucumbindo à seleções sem nenhuma tradição na modalidade, como Japão e Holanda, o time comandado por Janeth Arcain entrou em quadra nesta sexta-feira para enfrentar Mali, um Zé Ninguém no basquete, na disputa do nono ao 12° lugar.
"Mali? vitória fácil" - não, não foi assim torcedor. O Zé Ninguém (Mali), que até então não tinha vencido nenhuma partida na competição, derrotou o Brasil por 58 a 51.
Com o resultado, o selecionado feminino pode terminar na última colocação no Mundial, caso não vença a Turquia, amanhã.
Que fase, hein basquete feminino brasileiro.
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