terça-feira, 26 de junho de 2012

Brasil oscila no terceiro período, mas saldo é positivo no primeiro jogo preparatório para Londres

Nenê Hilário voltou a vestir a camisa da seleção, Larry Taylor defendeu pela primeira vez o seu país "adotivo" e o Brasil, treinado por Rubén Magnano, venceu o primeiro amistoso preparatório para o Jogos Olímpicos de Londres, passando, com facilidade, pela Nova Zelândia, pelo placar de 73 a 49, na primeira rodada do Torneio Eletrobras de Basquete, que está sendo disputado na cidade de São Carlos (SP), cidade natal de Nenê.


Nenê voltou a vestir a camisa brasileira
Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto
Sem Marcelinho Huertas e Tiago Splitter, poupados, e Leandrinho Barbosa, que ainda não resolveu sua questão do seguro, Magnano começou a partida sem força máxima, deixando Larry Taylor, teoricamente o reserva imediato de Huertas e Anderson Varejão no banco, iniciando com Raulzinho, Marquinhos, Alex Garcia, Guilherme Giovannoni e Nenê.


Como já era de se imaginar, dominamos a partida, principalmente nos dois primeiros períodos, quando fizemos 19 e 14 pontos, respectivamente e, com uma defesa muito boa, marcando pressão em determinado momentos, sofremos 9 pontos nos 10 minutos iniciais e 7 no segundo período. Aliás, a boa defesa do time brasileiro foi uma grande notícia nesse início de preparação. 


Praticamente estreante, Nenê teve uma boa atuação, fazendo bem o papel de intimidação, já que era nítido o medo dos jogadores da Nova Zelândia em infiltrarem enquanto o jogador do Washington Wizards estava em quadra. O pivô terminou com 9 pontos, 5 rebotes, dois tocos e 4 assistências, sendo, surpreendentemente, junto com Tait (NZE), o jogador que mais deu passes que resultaram em cestas.


A estréia de Larry Taylor também me agradou bastante, jogando sem sentir o peso da primeira partida e dando um gás defensivamente. O norte-americano se precipitou no ataque em alguns momentos, mas nada que Magnano possa conversar e modificar, afinal, estamos falando do primeiro jogo do cara, ou seja, ele quer mostrar muito serviço. Larry jogou por 18 minutos, anotando 4 pontos, pegando 3 rebotes e distribuindo duas assistências.


Os nossos cestinhas foram: Marquinhos (foto), com 14 pontos e Marcelinho Machado, com 10, ambos atletas do Flamengo.


Defensivamente eu gostei muito do time, mas, ofensivamente, achei que poderia ser melhor. Novamente vacilamos na linha de três pontos, acertando 5 bolas em 19 tentativas (26%). Chegamos a ir para o intervalo sem nenhuma bola convertida. Agora eu não me lembro bem, mas se não me engano foram oito tentativas sem nenhum acerto.


Os lances livres novamente incomodaram um pouco, com 12 acertos em 20 tentativas (60%). Assim como nas bolas de três pontos, melhoramos após o intervalo, mas, no início da partida, chegamos a desperdiçar 5 de 6.


A grande verdade é que esse é apenas o início do trabalho e os jogadores devem estar cansados, já que os treinamentos do técnico argentino são puxados. 


Por enquanto, nada de elogiar demais os acertos e criticar muitos os erros. Ainda temos muito tempo até a estréia contra os australianos. 


Amanhã, às 21h30, enfrentaremos a Nigéria, pela segunda rodada do Torneio Eletrobras de Basquete, em mais uma etapa rumo à Londres. 


Pelo o que vi hoje, acredito que estamos no caminho certo.

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