quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Finalmente Hortência explica o real motivo da demissão de Ênio Vecchi

Como todo mundo já sabe, Ênio Vecchi não é mais treinador da seleção brasileira feminina, já que a Confederação Brasileira de Basquete optou por não renovar o contrato do treinador que expira no próximo dia 31. Para o seu lugar foi colocado Luiz Cláudio Tarallo, ex-comandante do selecionado feminino sub19.


A princípio, Hortência não revelou o real motivo da não renovação de contrato, alegando que na CBB tudo era profissional e que as decisões deveriam ser tomadas com profissionalismo, mas ao jornal Estado de São Paulo ela confessou que a decisão foi tomada pelo resultado ruim no Pan-Americano de Guadalajara.


“Demiti o Ênio por causa do Pan, sim. É inadmissível usar o Pan-Americano para fazer testes. Aquilo me irritou profundamente. Quer fazer testes, que os faça lá no Vitória-Basquete”


Bom, vamos analisar essa frase. De início, vemos que a atual diretora de seleções femininas da CBB foi muito deselegante com o ex-treinador, principalmente com a sua antiga equipe, que diga-se de passagem ele deixou para se dedicar à seleção. Outro motivo que me deixou intrigado foi a recusa de Hortência a novos testes com o selecionado nacional. Se não se descobre novas soluções para renovação, ela não virá, e outra, se não for testar no Pan, vai testar aonde? No Pré-Olímpico, que vale vaga para às Olimpíadas? Na própria Olimpíada? Claro que não, esses testes tem que ser realizados no Pan-Americano mesmo, que não vale porcaria nenhuma.


Se formos seguir o critério de Hortência, porque Magnano ainda é treinador da seleção? Ele levou o Cristiano Felício para fazer um teste, e o selecionado masculino nem medalha conseguiu, ao contrário do feminino. Ah, mas o argentino classificou o masculino para às Olimpíadas. O Ênio também classificou o feminino. 


Tudo bem, não podemos comparar o nível de dificuldade do Pré-Olímpico masculino com o feminino, mas se as seleções femininas das Américas são muito fracas, isso não é problemas nosso. O nosso problema é chegar lá e se classificar, não interessa é vai ser difícil ou não.


Sinceramente, essa Confederação só se mete em roubadas. Depois de ler essa declaração eu já tenho o meu pedido para o ano de 2012. Vou querer que o basquete brasileiro caia nas mãos de quem saiba administrar e entenda do assunto. Ter sido ídolo na modalidade não significa garantia de um bom trabalho à frente da entidade mais importante da modalidade no Brasil.


Gosto e admiro muito a Hortência, jogadora, mas a Hortência diretora está deixando a desejar.

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