sexta-feira, 27 de julho de 2012

A décima participação do basquete feminino em Jogos Olímpicos e um pouco da história

A história do basquete com os Jogos Olímpicos começou em Berlim, nos Jogos de 1936, mas somente depois de oito edições da modalidade no masculino é que o basquete feminino passou a fazer parte do calendário, estreando, em 1976, nos Jogos de Montreal, no Canadá.


De lá para cá já foram nove edições. E a partir deste sábado, Londres-2012 sediará a 10° participação das mulheres em uma olimpíada, um fato histórico.


A seleção norte-americana, franca favorita à medalha de ouro, domina completamente a modalidade, com seis conquistas, perdendo apenas em duas edições, quando foi vice-campeã ao ser derrotada para a União Soviética, na final da primeira edição, terminando com uma campanha de três vitórias e duas derrotas, nos Jogos que reuniram seis equipes e ficando com a medalha de bronze nos Jogos de Barcelona-1992, quando a medalha de ouro ficou com uma equipe que reuniu atletas de toda Europa; Em 1980, o título, pela segunda vez seguida, ficou com a União Soviética, mas os Estados Unidos boicotou aquela edição, que foi disputada na Rússia. Ou seja, das nove edições já realizadas, as americanas disputaram oito, terminando com seis ouro, um excelente aproveitamento.


A primeira medalha dourada da seleção feminina dos Estados Unidos foi em casa, nos Jogos de Los Angeles, em 1984. Com uma campanha irretocável, as donas da casa conquistaram o título de maneira invicta, vencendo às seis partidas que fizeram, nos Jogos que contaram com a participação de Coréia do Sul, China, Canadá, Austrália e Iugoslávia; A União Soviética, assim como os EUA na edição anterior, boicotou os Jogos por ter sido realizado em território norte-americano.


Depois da derrota em Barcelona, as americanas não perderam mais, voltando a conquistar o ouro em Atlanta, na histórica medalha de prata do basquete feminino brasileiro, que perdeu a final por 111 a 87, no duelo entre duas equipes invictas.


Em Atlanta, a seleção brasileira, comandada por Janeth, Hortência, Marta de Souza Sobral e Magic Paula, conseguiu a sua melhor posição na história, com uma campanha irretocável até a final, vencendo o Canadá, na estreia, por 69 a 56, no dia 21 de julho, na partida onde Janeth fez 17 pontos, pegou oito rebotes e distribuiu quatro assistências; No segundo jogo, dois dias depois, a vitória foi contra a Rússia, por 82 a 68, com destaque para Hortência, que fez 20 pontos, pegou seis rebotes e deu quatro assistências. 


Na continuidade da fase de grupos, vitória sobre o Japão, por 100 a 80, China, por 98 a 83, Itália, por 75 a 73, na partida mais apertada e Cuba, por 101 a 69. O Brasil terminou a fase de grupos com o segundo melhor ataque no geral, com 424 pontos anotados, ficando atrás somente das americanas, que conseguiram fazer 507 pontos.


Na fase semifinal, contra a Ucrânia, mais um resultado favorável, vencendo por 81 a 60, em uma partida sensacional de Magic Paula, que anotou 24 pontos, matando cinco bolas de três pontos, para levar, de maneira invicta, o Brasil, pela primeira e até hoje única final olímpica; A final vocês já leram como foi e terão a oportunidade de ver/rever, na íntegra, nesses vídeos abaixo:























Depois de Atlanta, o Brasil ainda conseguiu mais uma participação histórica, ficando com a  medalha de bronze em Sydney-2000, ao derrotar a Coréia do Sul, por 84 a 73, na disputa do terceiro lugar, após perder na semifinal para a Austrália, por 52 a 64. Aliás, foi nos Jogos de Sydney que o selecionado feminino australiano começou a mostrar "sua cara" para o mundo. Depois do bronze em casa, foram mais duas finais seguidas, em Atenas-2004 e Pequim-2008, ficando, em ambas edições, com o vice-campeonato. O título foi dos Estados Unidos, como vocês já deveriam imaginar.


Em 2008, não dá para dizer que a campanha brasileira não foi histórica. Foi sim, é claro, afinal, terminar na penúltima posição, com uma vitória em cinco partidas, ficando à frente somente de Mali na classificação geral, não deixa de ser histórico, para o lado negativo, é claro.


Neste sábado começa tudo de novo, mais uma edição olímpica, a décima; Uma edição histórica. Vamos ficar na torcida para que o time comandado por Luís Cláudio Tarallo consiga, mais uma vez marcar o seu nome na competição. Dessa vez, diferente de Pequim, de maneira positiva.


E quanto aos Estados Unidos, será que alguma seleção conseguirá parar a "máquina do basquete"? Será que a Austrália, pela terceira vez seguida chegará em uma final? E a Rússia, bronze nas duas últimas edições e atual campeã européia, vai conseguir algo a mais em Londres? 


Muitas respostas, que vão começar a ser respondidas amanhã.

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