quinta-feira, 19 de julho de 2012

Faltam 10 dias para a seleção masculina voltar ao palco onde fez sua melhor campanha olímpica na história

Depois de 16 anos sem saber o que é participar de uma olimpíada, faltam apenas mais 10 dias para o selecionado de Rubén Magnano fazer a sua estréia, no dia 29 de julho, contra a Austrália, no jogo que não só vai marcar a volta do basquete masculino à uma edição olímpica, mas também o retorno ao palco onde, em 1948, a seleção canarinha conquistou a primeira medalha na história, um bronze, nos Jogos em que mais vezes um time masculino brasileiro venceu, com sete triunfos em oito partidas.

Seleção que atuou em Londres-1948
Há 64 anos atrás, quando o basquete era outro, com 23 times disputando o ouro olímpico e partidas com dois períodos, Londres, que foi sede da segunda participação da modalidade nos Jogos, na primeira olimpíada pós Segunda Guerra Mundial, assistiu o basquete brasileiro conquistar a sua primeira medalha, ficando com o bronze ao vencer os mexicanos na disputa pelo terceiro lugar, por 52 a 47, depois de perder para a França na semifinal, desperdiçando a chance de chegar à decisão invicto. Alfredo Da Motta foi o grande nome do Brasil na competição, terminando com média de 14.4 pontos, sendo o terceiro maior cestinha.


Mais tarde, nos Jogos de Roma (ITA), em 1960 e Tóquio (JAP), em 1968, voltamos a subir no terceiro lugar mais alto do pódio, mas foi em Londres que fizemos história, não só pela primeira medalha olímpica do basquete brasileiro, mas pelo fato da nossa seleção ter tido o seu maior percentual de vitórias em todas as edições dos Jogos, vencendo sete partidas e perdendo apenas uma, justamente na semifinal. 


Apesar da medalha de bronze, o Brasil teve a segunda melhor campanha daquela edição, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que conquistaram o segundo ouro seguido de forma invicta. A França, vice-campeã, teve uma derrota a mais, com cinco triunfos e dois reveses. Os franceses fizeram um jogo a menos por terem tido quatro adversários na fase de grupos (México, Cuba, Irã e Irlanda), um time a menos do que o grupo do Brasil, que tinha Uruguai, Hungria, Canadá, Itália e Grã-Bretanha como adversários.

Passado todos esses anos, alguns de glórias e outros nem tanto para a modalidade no Brasil, a seleção masculina vai voltar a disputar uma Olimpíada depois de ficar de fora por três edições seguidas, não tendo conseguido vaga em Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008).

Vivendo grande fase com o treinador argentino Rubén Magnano, vice-campeão mundial em Indianapolis (2002) e medalha de ouro em Atenas (2004), ambos quando dirigia a Argentina, o time brasileiro vai levar, além da "bagagem" do seu atual treinador, os seus melhores jogadores, com a volta de Leandrinho Barbosa, Anderson Varejão e Nenê Hilário e mais a adição de boas peças que não atuam na NBA, como Marcelinho Huertas, Marquinhos, Guilherme Giovannoni e Alex Garcia.

Se apoiando na força do grupo e no belo passado que a cidade inglesa remete à seleção masculina, a equipe vai tentar, mais uma vez, fazer o pódio inglês ver a bandeira brasileira tremular, para manter viva a tradição do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres.

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