segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mostramos ao mundo que somos capazes

Sob os olhares de Barack Obama, a seleção brasileira, como eu já havia adiantado, deu um sufoco gigantesco nos Estados Unidos, perdendo por 80 a 69 em um jogo que dava perfeitamente para nós termos vencido se Rubén Magnano não optasse por usar Raulzinho Neto por muito tempo, principalmente no segundo período, quando o jovem armador ficou bastante tempo em quadra e o Brasil perdeu a parcial por 20 a 05, cometendo 12 erros. 


"Ah, então quer dizer que o Magnano errou em deixar ele muito tempo em quadra, né?" - Essa é a pergunta que muitos estão fazendo e que os tolos estão afirmando. NÃO! O treinador argentino não errou, pelo contrário, deu tempo de quadra e mais experiência para um jovem jogador que é uma das promessas do basquete brasileiro, em uma partida que não valia nada além da própria experiência, afinal, estamos falando de um amistoso.


Foto: Harry E. Walker/MCT
Eu sei que é todo mundo quer vencer os EUA, e hoje realmente teríamos essa chance se jogássemos mais com o que temos de melhor. Mas o que Magnano fez hoje será colhido lá na frente, para não precisarmos assinar mais um atestado de incompetência e ter que naturalizar um jogador americano. Estão conseguindo entender?


Quando tínhamos nossas melhores peças em quadra, nós dávamos muito sufoco nos americanos. Os jogadores, os torcedores, Coach K, os comentaristas, enfim, todo mundo percebeu isso. Perceberam que nós não vamos para Londres-2012 para passear ou lutar da quinta à oitava posição. O mundo conseguiu enxergar que o nosso time vai longe, e que é um dos favoritos para conquistar uma medalha. Pronto, isso já basta por enquanto.


Marcelinho Huertas jogou muito, fazendo 11 pontos e distribuindo 12 assistências, duas a mais do que todo o time norte-americano. O armador do Barcelona, que já declarou que não faz questão de atuar na NBA, deixou os comentaristas da ESPN americana loucos por ele. Com certeza vai chover propostas para o brasuca atuar no melhor basquete do mundo.


Nenê mais uma vez mostrou o seu Q.I para o basquete, Varejão desbancou Kevin Love e Tyson Chandler, o melhor defensor da temporada, e foi um leão no garrafão. Enfim, fizemos um grande jogo, onde não podemos reclamar de nada, nada mesmo. Não dá para lamentarmos os ataques que não conseguimos parar Kobe e LeBron. Não dá para lamentarmos às bolas que os dois, mais Russell Westbrook nos roubaram (algumas sim, já outras não). Foi um grande teste!


Começamos a partida de maneira arrasadora, fechando o primeiro período em 27 a 17. No segundo fomos mal, não só pelo fato dos americanos terem vindo mordidos, mas pelos testes do Magnano, que volto a dizer que concordo.


Alex foi um leão na partida. No início, indo para dentro, ele chegou a ter um ponto a mais do que todo o time titular norte-americano, que tinha 11 até então.


O placar avisa que quem venceu foi os Estados Unidos. Mas eu digo: O placar está errado. Quem venceu esse jogo foi o Brasil, que deu o seu recado para os adversários e mostrou ser capaz, parando os americanos nos 80 pontos e sendo superior quando estava com seus melhores jogadores.


Valeu Brasil. Estamos no caminho certo!


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