Com Nenê e Marquinhos poupados e retorno de Leandrinho, Brasil vence "treino de luxo"

O Chile cumpriu com as nossas expectativas e não ofereceu resistência nenhuma para a seleção de Rubén Magnano, que mesmo poupando Nenê Hilário e Marquinhos, venceu o "treino de luxo" com muita facilidade, fechando em 110 a 64.


O bom é que pelo menos até agora, quando enfrentamos adversários que não dão nem para o início, atropelamos, como é de se esperar, sem muitos sustos no resultado final.


Vale destacar também os contra-ataques bem puxados pelo time brasileiro, que chegou a tirar aplausos da torcida argentina.

Leandrinho atuou bem no retorno à seleção
Foto: ligateunafoto.com

Leandrinho, que voltou a jogar pelo Brasil, o que não acontecia desde o mundial da Turquia, em 2010, teve uma boa atuação, com 18 pontos em 21 minutos jogados, assim como seus companheiros de NBA, Tiago Splitter, que fez 16 pontos e pegou 4 rebotes e Anderson Varejão, que parecia estar jogando contra crianças, devido o seu domínio dentro de quadra. O pivô do Cleveland Cavaliers terminou com 15 pontos e cinco rebotes em 12 minutos.


Pelos jogadores que não são da NBA, destaque para Raulzinho Neto, que foi pegando confiança com o decorrer do jogo e teve 12 pontos nos bons 15 minutos de quadra, Caio Torres, que parece estar cavando sua vaga em Londres, com 12 pontos e 13 rebotes em 17 minutos na noite de hoje e  Guilherme Giovannoni, anotando 6 pontos, pegando 7 rebotes e distribuindo 5 assistências.


O que há de se lamentar foi a nossa queda de rendimento no terceiro período, quando, apesar de termos feito 30 pontos, sofremos 24 de uma seleção muito, mas muito fraca.


É claro que não dá para jogar bem todos os minutos, mas quem acompanha a seleção masculina sabe que o time sempre dá uma oscilada, e nunca é por dois, três minutos, é sempre por um período, geralmente o segundo ou o terceiro.


Continuo a bater nessa tecla por que isso não posso passar em branco, tem que ser corrigido. Seguindo o raciocínio lógico, se tomamos 24 pontos do Chile no nosso momento ruim na partida, contra uma Argentina, Espanha ou Estados Unidos, tomaremos mais de 30. 


Como todo mundo sabe, em um jogo de altíssimo nível, como serão os dos Jogos Olímpicos, um quarto pode ser determinante para uma vitória ou uma derrota.


Apesar de Nenê e Marquinhos terem sido poupados, e Magnano acertadamente testar bastante os jogadores e os esquemas, (hoje chegou a deixar Raulzinho e Larry Taylor juntos) em Londres não existirá jogo de um ou outro. São 12 atletas, os doze tem que entrar e manter o ritmo.


No mais, grande vitória da nossa seleção, repito, contra um time fraquíssimo. 


Agora, vamos enfrentar amanhã o vencedor do confronto entre Argentina e Espanha "B".


Vamos ficar na torcida pela Argentina, para podermos enfrentar um adversário que estará nos Jogos de Londres. (Espanha também vai estar, mas não com o time "B", é claro)